Páginas

segunda-feira, 19 de março de 2012

Apesar de magrelo, o Razr usa processador dual core de 1,2 GHz e parte traseira é revestida de kevlar


Testamos o Smartphone Razr XT910 (pronuncia-se "reizor"), fabricado pela Motorola. De cara notamos sua espessura muito fina, com apenas 7,1 milímetros. Ainda assim não é o mais fino do mundo. Na CES (Consumer Eletronics Show) desse ano foi apresentado o Ascend P1 S, da Huawei, com 6,68 milímetros de espessura.


Apesar de fino, o Razr é grande. Tem dimensões de 13,07 por 6,89 por 0,71 centímetros (LxAxP). A tela tem nada menos do que 4,3 polegadas. Apenas para nível de comparação, o iPhone 4 e 4S têm tela de 3,5 polegadas. Pode parecer pouca diferença, mas lembre-se de que uma polegada equivale a 2,54 centímetros. A resolução é de 540 x 960 com tecnologia Super AMOLED.


Processamento poderoso e com Android Gingerbread
O Razr é um smartphone topo de linha e utiliza um processador dual-core Texas Instruments OMAP 4430 de 1,2 GHz. A memória é de 1 GHz e possui para armazenamento interno 8 GB. Ainda é possível expandir o armazenamento com um cartão micro SD de até 32 GB. O sistema operacional é o Android Gingerbread (versão 2.3.5). A Motorola informou que terá atualização para a versão 4.0, também conhecida por Ice Cream Sandwich, ainda no primeiro trimestre de 2012. 

Magrelo, mas duro na queda

O smartphone Razr usa um mix de matérias em sua construção. Nas bordas utiliza metal, o vidro usa a tecnologia Gorilla, da Corning, que é resistente a riscos e a parte traseira é revestida de kevlar. 

Razr XT 910: magrelo, mas resistente

Conexões e botões

A parte frontal do Razr é totalmente coberta pelo vidro, deixando o aparelho com visual clean e bastante moderno. Ao lado direito estão os botões de liga/desliga e ajuste de volume. Na parte de cima estão os conectores micro USB, a saída de fone de ouvido e um conector micro HDMI. No lado esquerdo estão os slots para o cartão micro SD e para o micro SIM card. É verdade, assim como o iPhone 4, o Razr utiliza chip micro SIM. E também não é possível abri-lo, portanto a bateria não está acessível. 

Testes de desempenho

Com processador de dois núcleos trabalhando a 1,2 GHz e memória de 1 GB não era possível esperar pouco. O Razr respondeu com agilidade tanto na carga de aplicativos quanto em sua execução, utilizando aplicativos pesados. E nada melhor do que um jogo para fazer o processador suar muito. Rodamos o jogo Frontline Commando, um game com gráficos pesados e com bastante ação. O jogo foi tarefa fácil para o smartphone, sem paradinhas irritantes, sem engasgos, com andamento da partida muito fluida. 

As aplicações comuns rodaram também sem problemas, mesmo alternando entre elas várias vezes seguidas, sem que o sistema travasse ou que alguma aplicação fosse fechada inesperadamente. A versão 2.3.5 do sistema Android também colabora bastante para isso, pois está bem mais estável e enxuta. 

Multimídia

Nesse item o Razr também surpreendeu. A câmera, que tem flash de LED, faz fotos em 8 megapixels. Mas é preciso fazer uma ressalva. Apesar do ótimo resultado em ambientes bastante iluminados, dá para perceber ruídos, ou aqueles pontinhos minúsculos espalhados pela foto, quando tiramos fotos em ambientes internos, com luz fluorescente ou incandescente. Mesmo alterando configurações (exposição e modos de cena) o ruído ainda persistia. Mas a definição dos objetos e o foco estão ótimos. Isso é um ponto positivo, já que os smartphones da Motorola não se destacavam nesse quesito.

A câmera também faz vídeos em full HD (1080p) e usa estabilizador. Os vídeos ficaram bons nessa resolução, mas movimentos mais rápidos acabam ficando com rastros. Alterando a qualidade para alta definição (720p) foi possível obter melhor resultado, com mais nitidez em cenas mais rápidas. 

Conector HDMI - vídeos e jogos na TV full HD

Copiamos para o Razr alguns conteúdos em full HD, como trailers de filmes no formato MOV e MKV. Baixamos o player de vídeo MX Video Player e os vídeos foram executados sem problemas, com o player ajustando corretamente o vídeo na tela do telefone. Mas a experiência ficou boa mesmo quando conectamos o Razr em uma TV full HD. O vídeo foi exibido com fidelidade, assim como áudio, sem falhas. 

Não apenas filmes podem ser vistos na TV, mas o conteúdo inteiro do Razr pode ser espelhado na telona. Jogar o Frontline Commando em uma tela de 40 polegadas foi bem mais prazeroso do que no celular. 

Acessórios do Razr

O Razr conta com acessórios interessantes como a Lapdock 100, que transforma o Razr em um netbook. Ele traz uma tela de 10,1 polegadas, um teclado físico com touchpad. É muito interessante para jogar e aumentar a produtividade. E se o smartphone receber uma chamada, é só atender pelo viva-voz ou retirar o Razr da lapdock. Ao término da chamada, basta reconectá-la e os aplicativos abertos aparecem como estavam anteriormente. Quem tem o smartphone Atrix pode estar se perguntando se a Lapdock do Atrix serve no Razr. A resposta direta é não. Nesse ponto, a Motorola pisou na bola. 

Outro acessório é a estação multimídia HD, na qual é possível conectar um teclado, um mouse e conectá-la a sua TV, para trabalhar e também assistir filmes em full HD. Outros acessórios de destaque são o teclado Bluetooh com trackpad e o adaptador VGA. 

Duração da bateria

O Razr não surpreendeu na duração de bateria. Não houve nenhuma novidade e o Razr manteve a média de outros smartphones já testados por nós. Fizemos uso intenso dos recuros, como GPS, navegar na web, baixar e usar alguns aplicativos, enviar SMS, tirar algumas fotos e fazer um vídeo e, claro, realizar chamadas. E boa parte do dia o Razr ficou em stand-by. Mesmo com a sincronia automática desabilitada (e-mails e rede social), o Razr chegou ao fim do dia com apenas 19% da carga total da bateria. E como o smartphone não tem tampa, não é possível substituir a bateria por outra carregada. Portanto tenha o carregador sempre em mãos para não ser pego de surpresa. Bom informar que o Razr acompanha carregador veicular.

Conclusão
O Razr vai atender quem deseja desempenho em um smartphone com Android. A tela de 4,3 polegadas com alta resolução também é um destaque, tanto para jogos, quanto para ler ou ver vídeos. Mas usar a saída micro HDMI para ver o conteúdo do Razr em uma TV de alta definição foi uma experiência muito legal que tivemos nos testes. É possível espelhar qualquer conteúdo na TV, seja filmes, fotos, jogos ou qualquer outro aplicativo e o cabo HDMI acompanha o produto. A bateria, infelizmente, continua sendo o calcanhar de Aquiles dos smartphones com Android.


Texto original: Bondfaro

Um comentário: